"A culinária do México sempre me pareceu algo extremamente delicioso, via aqueles filmes onde o povo pedia uns tacos, e os danados vinha transbordando de recheio, e os infelizes fazendo aquelas melhores bocas do mundo com a delícia. Essas imagens me aliciavam veementemente.
Então aproveitando o ensejo de uma casa de sabores mexicanos recém aberta na cidade, e também a sugestão recebida, os esfomeados deste blog combinaram um rega bofe, devidamente acompanhados de suas caras metade (algo nunca antes visto na história deste blog, não em um restaurante, pelo menos).
Chegando ao restaurante uma quase decepção. Como toda atração nova na cidade, claro, que tinha fila e lista de espera para ser acomodado. Eu, e minha gigante ansiedade, odiamos esse fator e chegamos a pensar em desistir; porém com algumas desistências favoráveis e uma imensa educação da hostess da casa (sério mesmo, nota 10 pra ela), a espera não foi tão longa.
Já devidamente acomodados veio realmente a primeira decepção. Em um restaurante mexicano em Goiânia eu queria por tudo beber Corona, sublime cerveza da terra da comida apimentada nem sempre fácil de achar por aqui, e o garçom, se justificando sobre as dificuldades de se encontrar tão preciosa iguaria por essas bandas, disse que não trabalhava com o produto; nessas horas acho minha adorada cidade uma bela porcaria! E na hora de escolher o que beber Rogerão me fez trocar Dos Equis (XX) por Sol Premium com um discurso que a tal é tão tradicional quanto a Corona em La Ciudad de Mexico e mais um monte de outros argumentos, como ele é mais letrado no mundo da cevada que eu, fui na dele.
E ao estilo do finado Isla Cozumel, com uma fatia de limão socada gargalo abaixo, ela até que não é ruim não. Mas minha boca ainda enche d’água de pensar na Corona que não bebi.
Agora passamos ao lado complicado da coisa, escolher o que comer! O Garçom sugeriu e eu acatei: secuencia. Um rodízio dos principais pratos servidos na casa. É nessas horas que agente vê quando o olho fala mais alto que a barriga; e não estou falando de mim! Com receio de verem algo em meu pedido que atraísse mais do que potencialmente poderiam pedir, o resto da mesa se rendeu ao delicioso pecado da gula, e também foram de secuencia.
E entre tacos, ecnhiladas, chimichangas, quesadilhas e otras cositas mas (que sinceramente não vou lembrar de nome, ma garanto que comi de tudo) no esbaldamos, até fui chamado carinhosamente draga, pela ilustríssima consorte de Rogerão (pensa se comi bão!).
Entre um petisco e outro, de repente uma mão invade a mesa, a primeira impressão foi que ela queria afanar nossa guacamole. Mas ainda bem que estávamos enganados; a mão em questão era do proprietário do restaurante que vinha preparar uma guacamole especial, como limão e pimenta, e contar a lenda daquele preparado; “uma princesa queria muito se casar com o Rei Asteca, então lhe preparou aquela tempero especial, em 12 meses estavam casados e tiveram 12 filhos” quem comer daquele preparado estava fadado a se casar em 12 meses e ter 12 filhos...e para escapar daquela maldição (oi?!) era só combinar a guacamole com o molho de coalhada com alguma coisa, mais o feijão delícia que eles servem (maldita memória, preciso começar a anotar o nome das coisas) e tudo estaria bem. A combinação era realmente muito boa, e o episódio rendeu boas risadas na mesa.
Acha que acabou por aqui? Na bem aventurada secuencia vinha as sempre amadas sobremesas, uma espécie de petit gateau mexicano que troca o bolinho pela tortilha, que nos gusta mucho. Minha escolha foi abacaxi com leite condensado, acompanhado de sorvete de sonho de bombom; Denise foi de chocolate com morangos, acompanhado de sorvete de creme; Rogerão também foi no abacaxi, com sorvete de creme e Luisa era pra ter ido de Romeu e Julieta, mas acabou em outro sabor devido a um engano. O que provei estava uma delícia. O “petit gateau” mexicano foi aprovado com louvor.
E nos finalmente vamos a dolorosa conta. Cerca de R$70 por casal, com comilança e beberagem. Na hora que fui ao caixa passar minha parte da conta no cartão, ganhei uma dica e fiz uma nota mental: durante a semana a secuencia é mais barata.
Local bacana. Comida bacana. Cerveja gelada (apesar de não ter corona). Atendimento bacana. Preço justo. Tudo indica que o La Eskina vai me ver outras vezes.
Quem ainda não sabe onde fica; o endereço mais mexicano de Goiânia é: Rua R-11, esq. R-22 Setor Bueno.
Abs"
Murilo, parabéns pelo post... Melhor ainda foram sua persistência ao ficar na fila e a sua ousadia em pedir la secuência!!!
ResponderExcluirnão chamaria de "ousadia" e sim de gula, Luisa...hehehe
ResponderExcluirobrigado
Parece que tivemos visões semelhantes sobre o La Eskina... Realmente muito bom lá. Que bom que gostou da minha sugestão.
ResponderExcluirAbraços
foi realmente muito boa a sugestão...
ResponderExcluirnós agradecemos
abs
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ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=108468469250647&set=a.100764653354362.718.100002624821610&type=3&theater
ResponderExcluirFui ao La Eskina pela primeira vez, em um bela quarta feira e estava lotado, com direito a espera. Tambem pensei em desistir, mas o grupo persistiu aguardando. Com certeza muito boa a comida e o ambiente, contando com a animação e atendimento. Estao de parabens e sou mais um cliente q eles conquistaram.
ResponderExcluirLa skina - O México na esquina do OESTE. (lá não é bueno).
ResponderExcluirops!
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