quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Brigadelícia – Comendo brigadeiro feito homens de verdade!


Após uma breve reunião na rua 28 setor Marista, eis que a senhorita da recepção se despede com um: “Brigado eu”! Fiquei com aquilo na cabeça, feito um mantra, “brigado eu, brigado eu, brigado eu” e então, ao entrar no carro com meu grande sócio de projetos e comilanças @murilogarcez, como em uma epifania avistei em devaneio uma placa escrita "Brigadeiro". Esfreguei meus olhos e li novamente a mesma doce palavra.

Compreendi então que aquela despedida continha em mensagem subliminar, indicativo que deveríamos ir até o local, como um chamado sobrenatural para a realidade paralela dos docitos e guloseimas. Olhei para o mesmo, que atônito pareceu-me compreender a charada, baloiçando levemente a cabeça para cima e para baixo.


Fomos então para a formosa Brigadelícia, (R. 28 esq. C/ rua 15 setor Marista) uma nobre representante das brigaderias, que são “a coqueluche do momento” (em termos juvenis recentes) na cidade.


Os recintos são conhecidos redutos de moçoilas em chás da tarde, principalmente as portadoras de uma certa síndrome que as acomete nos dias que antecedem o catamênio.


Ao pisar na afamada doceria, vislumbramos o Shangrilá. Uma vitrina protegia pequenas preciosidades multicoloridas em confeitos nobilíssimos, jóias da mais prestigiosa arte da chocolateria gourmet.


Porém, fazendo picardias masculinas, eu e meu sócio fomos tomados por uma dose extra de testosterona que insistia em se manter do lado de fora daquele delicado ambiente, dissemos para a atendente praticamente em uníssono: “Tem café forte aí?” a moça assentiu com a cabeça e solicitei um expresso (que depois foi sorvido cruamente).


Para mantermos a pose impostora de quem caiu no ambiente casualmente, solicitamos os seguintes brigadeiros: Wisky (R$ 3,00), Pinga (R$3,00) e Limão (R$2,50).


Praticamente impossível foi, no entanto, escolher o lugar para nos regalarmos com os deleitáveis quitutes de tão aprazívelmente belo que se apresentava o lugar.


O primeiro a ser saboreado foi o de pinga (branco), que escorreu por toda extensão da língua como uma pluma sedosa. Fechei os olhos para não demonstrar meu deleite publicamente.


O segundo, o de wisky (escuro) não conseguiu me provar que tinha aquele ingrediente em sua composição, nem por isso deixou de ser meu amigo.

Murilo, num ato de fraternidade, deixou um pequeno naco do representante cítrico que repousava em seu berço de papel para que eu desse minha derradeira impressão, e a mesma foi: “soberbo este brigadeirinho de limão”.


Para quem leu o texto até o final e agradeceu pela indicação eu respondo: “Brigado eu”!

@rogerio ferreira gonçalves

6 comentários:

  1. "catamênio" foi ótimo....
    kkkkkkkkkkkkkkk

    esse é texto é diversão garantida ou seu brigadeiro de volta...

    parabéns brodi

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  2. Que gracinha de lugar! Vou conhecer!

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  3. Blogaço este. Tem redação criativa, além das discas, é claro, fala bem de cerveja, ainda coloca o preço e faz companhia em finança. Valeu... No dia que encontrar um de vcs faço alguma coisa de fã chato pra levantar a bola.
    abç.

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  4. Grande Karlus, valeu demais pela força.
    Quando encontrar algum de nós, faça o favor de sentar à mesa conosco para uma boa prosa e é lógico...ajudar a rachar a conta! Rs.

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  5. faço das sábias palavras do Glutão de 30 minhas palavras...
    tks champs!

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