quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bendita Tapioca – O divino sabor do Nordeste em Goiânia


Em frente a um dos mais belos e históricos bosques de Goiânia, o dos Buritis (parabéns mais uma vez Maurício), fica um lugar mágico, com cara de Brasil caboclo porém com requinte de rusticidade chique, a Bendita Tapioca (Alameda dos Buritis n. 88 Centro).
Construída em um velho casario tradicional, que remonta o início de nossa jovem capital, esta formidável Shangrilá recebeu minha solitária visita neste domingo á tarde, dia em que me refastelo com a alma lavada por bênçãos médicas, alforriado pela carta magna da dieta.
Ao chegar ao lugar, já me encanto pelas lindas instalações, e, passeando pelo chão de cimento queimado, sigo a trilha de ladrilhos seculares que encrustados artesanalmente em passarela áurea, me remontam o caminho percorrido Doroth em meio a sua odisséia fantástica.
Cheguei então a um lindo jardim, com uma casa de brinquedos no fim e o frescor dos quintais de avó.
Havia apenas uma mesa ocupada por convivas que se levantaram antes mesmo que eu sentasse, ato este que quando realizado, me permitiu deleitar ao som de “Cabides” na voz soberba de Martnália e dei graças ao meu Senhor por tamanho presente.
Ao notar que eu, homem de porte e garbo herculíneo me encontrava sozinho no recinto, o garçon, sujeito de intenções que se revelariam escusas, com o controle em punho alternava entre o circuito de moto velocidade e algum jogo aleatório.
Imaginando que o mesmo tentava me agradar, dei de ombros ao zappear, chamando-o e fazendo meu pedido, uma tapioca com manteiga e queijo do sertão R$ 5,90 e um suco de abacaxi, laranja e gengibre R$ 6,00.
Ficaria em silêncio ao me lembrar daquelas porções de dádivas se não tivesse que descrevê-las a vocês, pacientes leitores, que sequer terão noção da profusão de sabores caso não experienciem por si mesmos.
A tapioca, como descreveu anteriormente meu amigo Pierre, corta-se sozinha com o peso da faca, e de tão suave, nos conduz pelas mornas areias de Genipabú, e ao encontrar o sabor encorpado do queijo nos leva a um mergulho por águas mornas e acalentadoras.
O refresco então, uma saraivada de nuances que nos acertam de todos os lados, extasiados e inebriados pelo néctar da inventividade suquística.
Quando terminei, o garçon ainda estava de costas para mim, e qual coelho maluco, saltitava de uma perna para outra com contrações nervosas pelo jogo.
Ao chamá-lo, pedi uma de coco e leite condensado (R$ 6,50) para coroar meu domingo, e qual foi minha surpresa ao dar a primeira garfada...Uma das coisas mais maravilhosas que comi em minha dionísica passagem pela terra. Elaborada com coco ralado em lascas, que de tão frescas me fizeram sentir o sabor da água que à pouco banhava as costas daquela castanha.
Lotem aquele lugar para que o mesmo não seja efêmero oásis em meio a este deserto de pequizeiros, tamaduás-bandeira, Lucilenes, Sebastianas, Donas Cotas...

5 comentários:

  1. Oi! Comi ontem a de coco com leite condensado e o suco de laranja citado. O coco é fresquinho, né? Muito bom mesmo... e em um lugar muito lindo.

    Luisa

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  2. já havia passado pelo local algumas vezes e o achado assaz simpático e me prometido comparecer ao recinto.
    depois deste texto vou tratar de pagar essa promessa o mais rápido possivel
    grande abraço

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  3. Minha intenção é provar o cardápio todo, simplesmente AMEI aquele lugar.

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  4. Aaaah!Que lugar mais gracinha!! Certeza irei conferir =)

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  5. Fica em frente meu local de trabalho. Irei fazer uma visita para um lanche deveras aprazível.

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