Este post é um divulgador daqueles “clássicos” do Centrão, onde os melhores e mais tradicionais salgados de cada área são destacados. Prometo que vou fazer uma lista de cada salgado e onde encontrar os melhores (e garanto que a maioria está no downtown de gyn).
Estava eu, em uma arguta tarefa de trocar livros sem serventia por outros desejados, em um sebo de Goiânia (o “Armazém do livro” um de meus favoritos), quando minha boca salivou ao lembrar de um lugar que gostava de frequentar em minha adolescência bem vivida no Bairro Popular, o famoso “Esfiha Quente”, na rua 4 com a Goiás.
Deixei minha sacola de livros lá no sebo e corri para a afamada lanchonete, uma portinha estreita e profunda, igual a tantas outras deliciosas deste setor, que está impregnado em minha alma, sulcando minhas escolhas e talhando minhas vontades.
Voltei aos anos 80, onde uma febre de sucos e vitaminas tomou conta da cidade, ao me deparar com uma fruteira interminável, leito gerador das futuras bebidas, e com a maravilhosa e saudosa estufa (salgado aquecido em microondas deveria figurar em crime hediondo, inadvertidamente punido com a extirpação da língua) abarrotada com aqueles lindos e corados salgados fumegantes.
Não resisti e pedi logo uma esfiha de carne e queijo (a imperatriz de todas as esfihas do universo).
Foi como se eu tivesse recebido uma correspondência do firmamento. O envelope celestial, endereçado ao meu estômago, é cunhado com uma massa molenguita, corada na base da gema, e o conteúdo, escrito em carne moída delicadamente refogada com bastante cebola, cheiro verde e hortelã e arrematada em rococós de pura muçarela.
Como quem abre uma carta há muito esperada, suspirei ao abrir o envoltário e ser inebriado pelo fulgurante olor do conteúdo, como quem sente o perfume da amada distante que se faz presente pelo olfato.
Fui descerrando á garfadas minuciosas cada parágrafo de pitoresco sabor, que excerto á excerto me deixava á par do assunto saborístico informado pela quitanda, inteirando-me por completo que a esfiha daquele estabelecimento é uma prega no espaço-tempo, capaz de levar vivente que por lá já se esgueirou, diretamente ao passado.
Para acompanhar, o de sempre, um copázio de vitamina de frutas com Dan´up, que aposto, nunca tomaram ou tomarão em um outro estabelecimento desta capital, tanto pela raridade da idéia, quanto pela industrialização vigente do ramo dos lanches e comidolas.
O valor? R$ 3,00 o salgado e R$ 5,00 a beberagem.
Estava eu, em uma arguta tarefa de trocar livros sem serventia por outros desejados, em um sebo de Goiânia (o “Armazém do livro” um de meus favoritos), quando minha boca salivou ao lembrar de um lugar que gostava de frequentar em minha adolescência bem vivida no Bairro Popular, o famoso “Esfiha Quente”, na rua 4 com a Goiás.
Deixei minha sacola de livros lá no sebo e corri para a afamada lanchonete, uma portinha estreita e profunda, igual a tantas outras deliciosas deste setor, que está impregnado em minha alma, sulcando minhas escolhas e talhando minhas vontades.
Voltei aos anos 80, onde uma febre de sucos e vitaminas tomou conta da cidade, ao me deparar com uma fruteira interminável, leito gerador das futuras bebidas, e com a maravilhosa e saudosa estufa (salgado aquecido em microondas deveria figurar em crime hediondo, inadvertidamente punido com a extirpação da língua) abarrotada com aqueles lindos e corados salgados fumegantes.
Não resisti e pedi logo uma esfiha de carne e queijo (a imperatriz de todas as esfihas do universo).
Foi como se eu tivesse recebido uma correspondência do firmamento. O envelope celestial, endereçado ao meu estômago, é cunhado com uma massa molenguita, corada na base da gema, e o conteúdo, escrito em carne moída delicadamente refogada com bastante cebola, cheiro verde e hortelã e arrematada em rococós de pura muçarela.
Como quem abre uma carta há muito esperada, suspirei ao abrir o envoltário e ser inebriado pelo fulgurante olor do conteúdo, como quem sente o perfume da amada distante que se faz presente pelo olfato.
Fui descerrando á garfadas minuciosas cada parágrafo de pitoresco sabor, que excerto á excerto me deixava á par do assunto saborístico informado pela quitanda, inteirando-me por completo que a esfiha daquele estabelecimento é uma prega no espaço-tempo, capaz de levar vivente que por lá já se esgueirou, diretamente ao passado.
Para acompanhar, o de sempre, um copázio de vitamina de frutas com Dan´up, que aposto, nunca tomaram ou tomarão em um outro estabelecimento desta capital, tanto pela raridade da idéia, quanto pela industrialização vigente do ramo dos lanches e comidolas.
O valor? R$ 3,00 o salgado e R$ 5,00 a beberagem.
Esfiha Quente para o goiano, é igual Miame para alguns brasileiros, uma passagem obrigatória em intervalos periódicos de tempo! minha última visita a Meca das esfihas foi a 2 semanas...
ResponderExcluirÉ o salgado em estado de arte, realmente. Se bem que você foi modesto demais, eu sempre deixo bem mais que vinte reais lá a cada vez.
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