quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dona Luisa e os Camarões adestrados de Natal

fotos do Celular!!! num vão julgando as pressas não...


Então. Dona Luisa, nubente do Rogerão, depois de postar um texto sobre as tapiocas maravilhosas que ela degustou na capital nacional da exportação do camarão (informação passada pela aguçada jornalista), Natal, nos convidou para partilhar uma receita que aprendeu nas terras do mar, com tema principal, o bendito crustáceo. Sorte a nossa.

Chegamos a casa de nossa anfitriã e encontramos uma trilha sonora bem eclética. Rolou de Marvin Gaye (segundo Rogerão o ícone absoluto do romântico brega) a Gang 90 depois passou a um Jazz firmeza da diva Diana Krall e coisas mais lights. Encontramos, também, uma mesa caprichosamente posta, com velas aromáticas e acepipes tentadores. Mimos de uma experiente anfitriã.

Para abrir nossa noite, vinho chileno chardonnay Santa Inês, queijos variados (não vou me arriscar a dizer quais eram os queijos, entendo de queijos o mesmo tanto que de vinhos) castanhas e mini salsichas. O toque de gênio das entradas foi uma geléia de damasco para acompanhar os queijos. A combinação estava tão sublime que quase que exagero na entrada e esqueço o nobre convidado natalense. Ah! Tinha também uma mostarda escura para acompanhar as mini salsichas, maravilhosa.

Como diria o sábio OdoricoParaguaçú: “vamos deixar de lado os entre tantos e partir para os finalmente”. Chegada a hora de botar a mão na massa, e nossos anfitriões foram finalizar o prato. Um arroz com creme de leite, manjericão e queijo, acompanhado de camarões empanados e batata palha.

Eu sou suspeito pra falar, pra mim manjericão é o melhor, e mais cheiroso, condimento do mundo. A combinação dele no arroz ficou mágica. Coloquei um extra de manjericão sobre o prato e comi horrores.

Os camarões empanados ficaram a cargo do blogueiro cuca, Rogerão, que dando um toque pessoal empanou os bichinhos com leite de coco. Mas acredito que o vinho e a fome afetaram o seu discernimento, e ele deixou os coitados passarem um pouco no ponto da fritura. Mas ainda assim tava uma delícia. Levemente adocicados, por conta do leite, contratava sabiamente com o arroz preparado por sua consorte.



E desce mais uma garrafa de chardonnay para beber. Ta ficando bom esse negócio de vinho quase toda semana.

Devidamente empanturrado, achando que só a cama entenderia meus problemas, eis que aparece a mesa um vinho de colheita tardia, Aurora. Vinhos de colheita tardia são também conhecidos como vinhos de sobremesa, são bem doces devido sua técnica de fabricação. E quem sou eu, nesse caso, pra desmerecer um vinho doce.

Depois dessa era só correr pro abraço da cama, esperando que nenhuma blitz me parasse pelo caminho (mentira! a Denise não tinha bebido), mas antes, tal qual um Chapolin Colorado me aparece um copinho de sorvete como quem diz: não contavam com minha astúcia!

O sorvete era sabor Romeu e Julieta, que por um desses preconceitos enraizados em nosso subconsciente nunca tinha experimentado. Quanta estupidez! E eles vinham enriquecidos de um fio e licor de jabuticaba.

Agora deu! Juro que pensei que se mais alguma delícia aparecesse a mesa eu desalojava o querido casal, e até a manhã do dia seguinte eu seria o dono da cama deles.



Nas despedidas algo me preocupava. A certeza que teríamos muito que nos esmerar para retribuir a altura tão carinhoso tratamento. 

abs

3 comentários:

  1. Que delícia! Esqueceu de falar que o arroz ficou meio sem sal. Estou maquinando qual será a próxima delícia.
    Cara, ficou massa demais o texto. Descrições Rogerísticas e acepipísticas.

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  2. Murilo, obrigada pelo carinho na descrição deste jantar, que já era uma retribuição ao yakisoba de meses atrás. Mas, não se acanhe, aceitaremos convites para degustar da presença de vocês e depois ler textos divertidos e charmosos por aqui.

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  3. Elogíos de vcs não valem....kkkkkkk
    Rogerão, seu paladar estava sem sal...o arroz tava ótimo

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